Bem vindo à zona por mim escolhida para escrever o que me vai na cabeça..

...ou que, na maior parte das vezes, finjo que vai, porque fica sempre bonito fingir que se sente, como o poeta.

PS


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Olha eu a topar-te

De longe, de perto, de qualquer lado.
Isso. Disfarça-te.
Disfarça-te daquilo que queres que pensem que és.
Vais escorregar nessa máscara, e eu vou estar lá para me rir para dentro, sem notares.
Insegura.
Fazes tudo por atenção, por desejo alheio por ti, por uma milésima do teu frágil ego, mesmo que isso custe metade do de quem deseja.
Abanaste-me, admito.
Abanaste-me durante breves instantes, até eu perceber que o fazias.
Claro. Agora abano-te eu.
Abano-te, faço-te escorregar sem caíres, para que não percas essa inocência alimentada pela falsa noção de que imperas nesse teu carnaval fútil.
Mas hás-de cair, quando eu me fartar de te ver escorregar.
Hás-de cair, e aí sim, já não estarei lá para te agarrar ou me rir sequer.
Aí já não me interessarei pela tua estabilidade, nem por divertimento mesmo, e já estarei longe.
Aí vais pensar duas vezes antes de voltares a desfilar.
Aí vais perceber que não preciso de disfarces para te abanar, mas sim para te manter estável.
Pobre e triste ser…

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