Bem vindo à zona por mim escolhida para escrever o que me vai na cabeça..

...ou que, na maior parte das vezes, finjo que vai, porque fica sempre bonito fingir que se sente, como o poeta.

PS


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Poesia (?) daquela inexperiente

Por vezes sinto, não como dantes.
Durante momentos eternos na hora.
Imagino ser como outrora,
Mas o sentir dura instantes.

Lembro, vagamente,
O sentir de alma pura,
Lembro, somente.
O sentir já não perdura.

Sinto, mas pouco,
E fugazmente.
Ou finjo sentir como um louco,
Em jeito de forçar a mente,
Farsa, comédia, cenas de um acto,
Esperando vir a sentir de facto.

Não sinto, ponto final.
O sentir perde-se no caminho,
E nem o guio, perca-se sozinho,
Fico eu e o racional.

Não sinto. Nem quero,
Que sentir agita a alma
A minha anseia calma,
E quando sinto, desespero.

Talvez nem sinta mais, mesmo.
Talvez seja esse o meu sesmo.

Não sinto.
Não por não querer,
Mas por já não mais saber.