Bem vindo à zona por mim escolhida para escrever o que me vai na cabeça..

...ou que, na maior parte das vezes, finjo que vai, porque fica sempre bonito fingir que se sente, como o poeta.

PS


sábado, 6 de março de 2010

Fazes-me pensar

Não por seres diferente das outras, mas por seres apenas mais uma no meio de tantas.
Afinal enganei-me… Outrora imaginei que fosses feita à minha medida, e foste a única que me fez ponderar tal rasgo de fé.
Mantiveste-me a sonhar durante uns bons tempos, dentro dessa vontade de querer ver mais, mas nunca tudo, que tanto crias. Enganas, tu…
Mas hoje já não, graças aos olhos que me fizeste nascer. Hoje vejo-te, trespasso-te, leio-te como que a um livro aberto - tem menos piada, mas sorrio mais - e tu só me referes que estou diferente. Pudera… foste tu que me fizeste crescer, e nem sabes. Também não to digo… é o meu trunfo, só meu.
O teu discurso não muda… “não sei, gosto de ti, mas não sei”.
Não te preocupes, sei eu.
Sei que não te quero.
Sei que és mais uma das que não sabem o que querem, - e que não me fazem ter esperança de um dia virem a saber - sem se aperceberem de que atropelam muita gente nessa estrada de falta de vontade e de viver. Mas eu já tive a minha conta, e aprendi a ir pela berma, quando passeio contigo.
“Tenta perceber… estou melhor assim”.
Não.
Não estás.
Eu sei.
Estás menos mal, que é diferente.
Agora, limitas-te a tentar evitar o que não queres, e já nem pensas no que queres, ou se realmente chegas a querer.
Como tu, já vieram algumas, e o que te diferencia é somente a ideia que tenho de ti, criada quando ainda não era eu.
Irónico, não? Sou eu que te diferencio, e não tu, por ti.
“Não sei…”
Não faz mal.
Sei eu.
E nem isso sabes.

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