Bem vindo à zona por mim escolhida para escrever o que me vai na cabeça..

...ou que, na maior parte das vezes, finjo que vai, porque fica sempre bonito fingir que se sente, como o poeta.

PS


quinta-feira, 29 de abril de 2010

Escrevo muito

Escrevo muito… sobre pouca coisa.
É um facto.
Acho que o faço por conforto. Conforto pela minha zona conhecida, pelo meu campo seguro, onde raramente falho e, quando falho, noto em menos de um instante, e corrijo sem que o meu ego note que me enganei sequer.
Gostava de escrever muito sobre muita coisa, ou pelo menos algo sobre mais alguma coisa, mas… ainda não me sinto capaz de fazê-lo, ou pelo menos de o tentar.
O meu tema de escrita é o que o meu filtro mental não deixa passar, é o que ele agarra, por orgulho, por necessidade de diferenciação dos outros, por facilitismo também, e sobretudo por noção. Noção de que o conhecimento desse tema me fortalece, embora me tire a possibilidade de vir a ter outros temas que o façam, mas de forma diferente.
Um dia tentarei escrever sobre algo mais… algo que não se relacione com o meu tema confortável de forma alguma, algo que me dê o gozo da insegurança, o prazer do desconhecido e da ausência de esperança do conforto recuperado. Talvez até venha a falar sobre o oposto do meu tema. Quem sabe, um dia… mas hoje não.
Amanhã.
Talvez.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

“Olha que vistosa… ponto final.”

E assim foi, enquanto observava os abutres instintivos à tua volta.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

"Sobre os teus textos..."

“Gosto do modo como escreves…”, e é só.
Não me admiro… Era de esperar. Nunca tentei agradar através de palavras que escreva com vontade.
Olha esta: se agrado com o que escrevo, das duas uma… ou não foi sentido, ou não foi intencional.
É confuso… também me soou a isso. Mas eu explico…
A vontade que tenho é de escrever, e não de agradar através da escrita.
Não te inquietes… também não adoro o que escrevo, aliás, quando o leio, amuo.
Só podia…
A minha escrita não é para se ler, é para nascer, e guardar após a última oração.
Mas o meu ego fala mais alto, e enche-me de coragem que não é minha, é só dele, e que dura somente até ao último ponto final de cada texto meu. Depois hiberna... até se esquecer do porquê de o ter feito.
E cá estou eu outra vez, a contribuir para o meu amuo, e para o teu conhecimento de mais um eu meu. Incomoda-te? Acho que sim, mas não ao ponto de te desinteressares antes que acabe este texto, queres ver? Olha, vou pôr só mais uma frase…
Já está.
Afinal mais uma.
Outra…
Última…
Ainda aí estás?
Claro que sim… Não desistias nem que tivesses de ler detrás para a frente. É viciante, não achas? Para mim também. É por isso mesmo que continuo a fazê-lo.
Beijo.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O teu azar

foi teres querido qualquer coisa, desesperadamente, enquanto te cruzavas com quem nota, por divertimento, esses padrões primários aos quais obedeces.